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Moira Escorse

Sou dessas pessoas que vive de corpo e alma…”

Sou uma artista da alma e minha busca é de um novo olhar para o sentido da vida. Profunda feito o mar (sol e mercúrio em peixes, e lua em escorpião), com os pés no chão (ascendente em capricórnio) e a mão na terra – opa, na massa, – para estruturar caminhos possíveis levando amor e compreensão pro mundo. Acredito que a vida é construída a partir do próprio trilhar e que a gente que dá sentido para as coisas quando se sente conectado com suas verdades. Um provérbio iorubá que me define é: enquanto você reza, vá fazendo.

Também queria contar uma história que me ajudou a perceber como as pessoas me veem, mas do que falar só palavras bonitas sobre mim mesma: em 2019 fiz um curso no Itaú Cultural sobre comunidade surda. Não tinha experiência com a população surda, mas logo descobri que você ganha um sinal, em libras, para simplificar sua identidade e seu nome. Eis que tava na roda de pessoas ouvintes e não ouvintes, uma mulher e um cara surdo ficaram me olhando, pra reconhecer algo que fosse bem meu e me dar o sinal. Os dois se entreolharam e sinalizaram a bochecha. Achei fofo, afinal eu tenho uma bochecha saliente.

Mas a tradutora de libras que estava ao meu lado e do deles comentou que era sobre meu sorriso. Porque eu era alguém sorridente e fazia isso antes mesmo de me comunicar com a fala. Me emocionei e apertei o sorriso segurando a lágrima. Como nossa presença comunica antes mesmo da gente intencionalmente mostrar algo e como esse outro nos percebe. As vezes penso que tem algo de nossa essência que se manifesta mesmo quando não sabemos, mas que as pessoas reconhecem. Como o autoconhecimento pode ser auto reconhecimento a partir das outras pessoas, afinal nunca nos fazemos sozinhos.

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