Angústia pra que te quero
Pra começar, gostaria de dizer que vou falar sobre a angústia. Angústia pode ser definida como uma emoção, uma sensação experimentada e que é simbolizada de diversas formas: uma aperto no peito, uma falta de ar, tensão no estômago, um nó na garganta, o coração disparado…
Nos tempos atuais, a angústia foi denominada de ansiedade ou de pânico e que, quando experimentada em excesso, causa um imenso sofrimento. A verdade é que não é possível representar a angustia das tantas formas que aparece e que cada pessoa a sente, mas que todo mundo saber reconhecer quando se está angustiado.
Assim, melhor que dizer que é uma emoção, a gente poderia falaria em estado, estado de angústia. Estado como algo que nos toca, nos afeta, não é o que somos, não é o que pensamos, não é o que produzimos. O que vemos são os “efeitos”, suas consequencias, aquilo que emerge no corpo como sensação e que podemos descrever. Mas isso significa que temos que lembrar que a angústia é parte do ser humano. Não é possível se livrar da angústia.
Ok, até posso concordar com isso, mas, afinal, qual a função da angústia…? é o que você pode se perguntar.
A angústia serve para nos dizer: saia de seu problema, arrume uma solução, faça o que tem que ser feito, realize desejos.
E desejos aqui não é função volitiva, não é a vontade de querer as coisas e da realização. O desejar é estar em movimento, não estagnado em uma posição sofrida, éestar vivo. É um chamado para sair para fora, para se confrontar com as noites escuras da alma, em termos mais profundos.
Assim, o que podemos fazer para “entender”, psiquicamente falando, é ouvir a angústia. É dar a voz à ela, não silenciá-la através da razão ou pelo amortecimento excessivo de medicações.