Porque me tornei leitora de aura

Das várias Moiras que me habitam, me perceber leitora de aura teve um quê de destino e outro de escolha. Em 2016, organizando as férias do trabalho, que seriam no início de 2017, quis ir pra algum lugar sozinha… “Bahia!”, pensei. Algum amigo de alguém que não me lembro tinha comentado de uma comunidade que fazia retiros e cursos espirituais perto de Ilhéus e vi sobre curso de “leitura de aura”. Parecia interessante, não entendi muito bem a proposta, mas seriam 8 dias no meio do mato com rio e mar… topei de cara. Busquei passagem, achei uma promoção, parcela no cartão e pronto: minhas férias na Bahia sozinha!

E fui ver no que dava, era uma proposta ecológica e comunitária do espaço bem diferente do habitual: banho gelado de rio bem cedinho, banheiro seco, comida vegana, manhãs de mantras e tardes de dança circular, também experimentei um semi jejum durante o retiro e depois desse intensivão descobri essa coisa de ler auras. Algo intuitivo, mas também um conhecimento específico que exige treino, ou seja, aquilo que é bem a cara de uma psiciana com ascendente em capricórnio: a intuição prática.

Pratiquei com amigas, conhecidos, desconhecidos e a cada feedback das pessoas de “isso clareou muita coisa…”, “ninguém nunca me descreveu tão bem…” entendi que tinha algo maior do que só um hobbie. Mas tinha medo de ser tudo muito fora do “esperado” que achava que deveria ser como profissional. Depois de 5 anos praticando, resolvi arriscar: acho que vou dizer pra mais pessoas e ver no que dá. E deu que pessoas que fizeram comigo continuam voltando pra outras leituras e indicaram pra outras pessoas, e essa rede invisível que o mundo sutil-espiritual tece é a satisfação de perceber que aquela Moira de 2017 ainda nem sabia: ler auras é sobre ler os mundos de dentro das pessoas e isso é o que move!