Qual a importância de lidar com o inconsciente na análise?
A palavra inconsciente foi fazendo parte do nosso vocabulário do dia a dia, mas na prática, o que é o inconsciente? Por que lidar com o inconsciente? O que um processo de psicoterapia junguiana ajuda no inconsciente?
O inconsciente é tudo aquilo que não é consciente. Para algumas escolas analíticas (como a psicanálise) o inconsciente é somente pessoal, ou seja, é todo o desconhecido e o reprimido do indivíduo. Dentro da psicologia junguiana há um inconsciente ainda maior, que engloba o pessoal, chamado inconsciente coletivo. É toda a memória da humanidade, das vivências e grandes questões que podemos passar pela vida (morte, luto, separações, enfrentamentos, ciúmes, casamento, masculino e feminino, etc).
A questão é há algumas coisas que percebemos, sentimos, refletimos, ou seja, que temos na consciência e podemos desejar mudar (comportamentos, ações, hábitos, etc). Mas também existe uma parcela de coisas ainda encobertas, desconhecidas sobre nós mesmos, ou seja, somos mais do que aquilo que pensamos que somos. E esse a mais há uma parcela de possibilidades e da sua personalidade que está inconsciente, mas que pode desabrochar.
No processo terapeutico junguiano, qual considera o inconsciente, podemos ajudar a estabelecer um intercambio de informações entre a consciência e o inconsciente, pois essas trocas, de certo modo, já ocorrem, porém pode se estar mais consciente delas para uma integração da própria psique.
Você pode se perguntar: e pra que isso? Por que alguns sofrimentos aparentemente sem explicações, emoções, sofrimentos, angústias, sintomas (ansiedade, depressão, pânico) tem suas raízes no inconsciente e é lá que podem ser resolvidos plenamente.
Além disso, o inconsciente é um espaço vivo e ao lidar com ele e a considerar o que ele tem pra dizer através, principalmente, da análise dos sonhos, a vida segue um fluxo muito mais harmonico, aliviando sintomas e sofrimentos desnecessários e ampliando sua visão sobre si mesmo e seu propósito.
Claro que cada pessoa é um caso, mas estar mais consciente e integrado à sua própria vida e existência, passa por aprender a se relacionar com esse desconhecido e o processo analítico junguiano pode ser um ótimo aliado.