Caminho de cura da dor

Afinal, se tem uma dor psicológica é preciso curar.
Mas como funciona a cura em análise (ou psicoterapia)? Em camadas, como um caminho espiral. Tem alguns pontos que passamos mais rápidos e outros mais lento. A questão é conseguir ultrapassar cada parte respeitando seu ritmo e seu jeito.

As fases desse caminho são:

  1. Confessar: precisa põe pra fora, falar sobre a dor. Não dá pra curar sem admitir que existe dor.
  2. Esclarecer: identificar os padrões e os pontos relacionados à dor, a partir das suas emoções e afetos. Saber quais pontos estão em jogo aprisionando a dor.
  3. Psicoeducar: pega cada um dos pontos descobertos e analisar. Aqui é o trabalho mais prático com a dor, ou seja, de fazer um plano de ação lidar e mudar.
  4. Transformar: como você age na realidade e muda os padrões causadores da dor. Mudar o pensamento, comportamentos, vícios mentais para se libertar.

Esses passos podem ser vistos em cada tema ou questão em que se traz para a análise. Não há uma regra fixa, mas costumam ser vistos em cada questão ou temática. Numa análise se aparecem vários temas e questões, e cada um deles pode estar numa dessas fases. E o trabalho terapêutico é ir costurando cada um.

Uma analogia que pode ajudar a entender isso, é a análise como um cuidado de dois jardineiros num jardim: o analista e o analisando. Algumas plantas estão brotando num viveiro e depois precisam ir para a terra, algumas precisam de poda, outras precisam de paciência para germinar e vamos verificando, cuidando e ajustando as partes para o que precisam e, aos poucos, dando sentido para esse jardim florir a sua maneira.